Poderia eu saber quantos anos amaria alguém perfeito?
Corações que exultam salteando, procurando saídas sem carregar dentro a razão que deveriam guiar-se.
A grandeza de uma alma, está encarecida dentro dela própria; está nas lágrimas cortadas pela vontade de sobreviver; está nas convergências da sua história.
No que posso acreditar, um amor revela-se dentre várias maneiras;
as vozes soam cada vez mais alto, as palpitações remetem-me para dentro de mim próprio, os corações apaixonam-se depressa sem esperar as explicações temáticas que encolhem e fazem comprimir as saudações,
são vários os medos que distraem as saudades abundantes;
amar-se, dedicar-se entretanto esquece-se do sangue, da natureza própria, da subjectiva dor.
Encontrar, é tarefa difícil e brutalidade para uma realidade que sentida por vezes remete-nos para a ignorância.
A nossa dor só começa a sentir-se quando somos privados de estar perto, juntos agarrados de arrasto com aquilo que nos faz bem, com a juvenilidade, com o sorriso prisioneiro de poucas palavras e muita ambição.
eu sou tu, tu és eu; somamos mais facilmente que números, és a razão de tudo;
existes por isso estou por perto?
qual a falta que faria para um mundo sem freio, descontrolado e sombrio; tão amargo e inconsciente dos seus nauseabundos efeitos?
Quem sou eu sem ti?
Sou o agora... As palavras fogem diante de mim, a incredulidade cada vez mais grande entre mim e ti, o espaço e esfriamento;
Se brinco com os outros porque não haveria de fazer o mesmo contigo?
Será que ainda te amo?
Achei que sim, mas sei que este peso que sinto dentro de meu coração interpreta a voz contrária daquilo que realmente é verdade. Sou sinal verde para todos os que estão ao meu lado, não saberei contentar-me com o que anseio ser daqui para a frente...
Quem sou eu? Está tão difícil responder... tão difícil saber, as respostas que por dentro acham-se perdidas.
O amor, contaminou-me outra vez... É impossível chegar-se perto e não contaminar-se...
Do que temo eu?
O que faz-me parar diante as falhas e más desavenças, se as aventuras da vida passam a correr e cada uma que apanho desesperadamente abandonam-me.
Cria-me um espaço só meu; mas ao perceber isso não é viver, não é demonstrar a própria natureza, não é lutar pelo que o amor é para mim.
Quero ajudar-te, não quero deixar-te na mão;
Tu és meu amigo, então, devo ajudar-te...
Tu és pessoa, igual a mim, devo consolar-te;
Tu és meu irmão, guardas-me das marés da vida, consolida a nossa amizade transparente, que nem existe e luta comigo;
Sentes-te melhor? Sentes-te encorajado? Nem por isso...
Não sou das melhores ajudas, tento ajudar-me a mim própria, procuro essas palavras também, bem dentro de mim...
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