AM I TOO MUCH?
Sentir é um privilégio, mas por vezes sentir demais é complicado.
Emoções frágeis, onde tudo pode ser maravilhoso ou então um perfeito desastre... A vida gira e voltamos sempre ao mesmo lugar. E para quê? Sou eu demais?! Desculpa, não queria ser tão sensível, pensar demais, colocar as expectativas nas alturas para simplesmente, emocionadamente, terminar num poço sem fundo...
É a montanha-russa das minhas emoções. Já não basta ser mulher, que muda a cada semana, ainda tenho que chorar a cada batimento cardíaco meu.
Coração, para de acreditar em tantas histórias às quais não fazemos parte, às quais em nós não podemos mais carregar.
Não é errado sentir demais, não é de todo mau sermos tão sensíveis ao que acontece à nossa volta, onde tudo perturba e, por vezes, sempre esperamos por mais — mas o que temos são migalhas perto do nosso profundo coração.
Mas nossa beleza é incontável, nossos olhos são os desejos das almas esquecidas, almas que adormecem o que realmente são para caberem num mundo sem dimensões!
Não temos apenas tamanho e profundidade — somos, em conjunto, os olhos do mundo, que prevê tudo com requinte, que deixa fluir entre seu sangue as perturbações lógicas das mentes demasiado carentes para admitir sua solidão.
Se tu sentes o tremer da terra quando apenas te aproximas dela, que entendes seu falar sobre coisas que nem ao menos entendes...
Quando ouves o vento e vês seu caminhar por entre as florestas que se erguem perante os olhos da cidade... Eles existem, vivem entre nós, mas muitos não os veem, não os ouvem, nem mesmo os entendem...
Mas ainda assim fazemos parte disso também.
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