Após o ladrão estar no chão o cara desconhecido pareceu surpreendido com tudp aquilo mas apenas tivemos os dois a ideia de fugir dali antes que o ladrão acordasse. E começámos a correr.
Correr numa cidade que nós conhecemos é fácil, mas imagina quando estamos correndo num lugar que voce não faz a mínima ideia onde seja ?
Mas mesmo assim corri, neste caso corremos os dois, pois mesmo eu não sabendo para onde ia, aquele jovem acabou por me ajudar a ir para um lugar mais calmo e longe daquele beco horrível.
Paramos em frente a um prédio,eu com os saltos na mão sentei na calçada e tentei recuperar o fôlego. Quando já estava mais calma, foi então que minha cabeça que antes estava em choque, começou a compreender tudo aquilo que aconteceu. Comecei a chorar que nem uma criança. Parece que só nos damos conta do que realmente acontece quando paramos para pensar nas coisas. Antes não passava apenas de um acontecimento mal vinculado à memória. Mas aquilo foi bem real e o perigo que passei foi tremendo! Por isso chorei, solucei que nem um bebé naquela calçada ao relembrar cada momento do que tinha acabado de acontecer. Parecia que a a minha cabeça estava a fazer um pente fino em todas as palavras que foram ditas, resenti os sentimentos e emoções que aquela situação me obrigou a sentir; e por fim agradeci pela sorte de tudo ter acabado bem. Nem fui roubada, não tive nenhum arranhão e ainda consegui fugir ilesa daquela situação. Tudo porque aquele anjo apareceu bem no lugar certo na hora certa!
Ao ver-me chorar daquela maneira assustadora a única coisa que ele conseguiu fazer foi agachar-se ao meu lado e tentar me confortar. Abraçando-me mesmo estando com a cabeça entre os joelhos, tentando de alguma forma me acalmar com ' Está tudo bem agora, ele não está aqui mais. Não te preocupa. '
É tão bom saber que há pessoas que se preocupam connosco mesmo que a nossa situação não seja a melhor. Mesmo querendo chorar aos poucos reconfortei meu coração e tomei consciência que já estava tudo bem e que eu poderia ficar bem agora.
Passados uns bons 10 minutos deixei de soluçar e chorar , limpei as lágrimas borradas do rímel na blusinha rosa que tinha vestida e me preparei para encarar a realidade.
' MUITO Obrigada, voce foi muito gentil me emprestando o seu ombro para chorar.' disse sorrindo para aquele cara desconhecido. Ele sorriu de volta para mim, não retribuindo o sorrindo, mas aliviado por eu ter parado de chorar. Mas interrompeu esse mesmo pensamento :
' Voce quer tomar uma água ? Vai te fazer sentir melhor ! Espera aí...' e mexendo na mochila que trazia tirou a sua garrafa de água e abrindo a garrafa me ofereceu para beber.
'Não precisa...' respondi, mas ele insistiu, e eu estendendo a mão aceitei aquela garrafa de água que provava mais uma vez que gentileza não tem vez. ' Muito obrigada mais uma vez.'
Mesmo não sentindo sede, bebi aquela água com bastante gosto. Naquele momento ela tinha um sabor bem diferente, não parecia uma água normal.
'Voce já está mais calma ? ' ele perguntou depois de eu ter bebido a água .
' Sim muito obrigada, graças a voce tudo correu bem. Que loucura! .' respondi ainda incrédula.
' É, loucura mesmo. E com voce está tudo, não machucou lá atrás, e depois com toda esta correria. Voce já reparou se está faltando alguma coisa ? Celular, carteira, documentos ? ' ele perguntou por enquanto que eu revirava a bolsa para verificar se estava tudo ali comigo.
'Sim, graças a Deus está tudo aqui. A Deus e a voce né ! Se voce não tivesse parado para me ajudar sabe-se lá onde eu estar uma hora dessas, muito obrigada de verdade moço !' e no calor da emoção acabei por dar um forte abraço no jovem que pego de surpresa retribuiu o abraço.
' Não precisa agradecer não ia conseguir te deixar sozinha sabendo que não estava tudo bem com voce. Eu tava descendo do onibus quando te vi sair da boate, e depois vi que voce ficou mexendo no celular. Voce me chamou a atenção, por estar ali sozinha a essa hora da manhã. Depois eu vi aquele cara chegando em voce, e me pareceu que voce não conhecia ele, aí passei por perto para ver o que estava acontecendo. E realmente foi o que eu temia...' tentou se explicar.
' Graças a Deus, voce passou por lá, eu tava procurando um táxi para ir para casa, só que como eu não sou daqui da cidade fiquei um pouco sem saber para onde ir. A minha amiga que tinha me convidado para ir nessa boate, saiu mais cedo com um cara e eu fiquei por lá, pensei que não ia ter problema se pegasse um táxi assim que saísse, mas não sabia onde poderia encontrar um.'
' Ainda bem que tudo acabou bem né. Se voce quiser posso te indicar um lugar onde tem táxis por aqui...'
' obrigada vou querer mesmo,... como é seu nome mesmo ? '
'Meu nome é Tiago prazer...' e estendendo a mão esperou pela minha para me cumprimentar.
' Muito prazer Tiago, eu sou a Adrielle.'
' Prazer Adrielle.'
' então vamos procurar um táxi para voce ?'
' Sim por favor! ' eu respondi ansiosamente, pois estava desejosa de ir para casa, tomar um banho e tentar relaxar. Eu e ele caminhamos pela rua em que nos encontrávamos e chegando no cruzamento do outro lado da rua vimos logo um táxi estacionado e livre. Atravessamos e nos dirigimos até o táxi.
' Ainda bem que tem um bem aqui.' ele falou aliviado.
' É verdade, ainda bem que já posso ir para casa... ' senti-me aliviada com a ideia de poder ir para casa e acabar logo com aquela longa noite que já estava tomando parte da minha manhã.
' Voce tem a certeza que está tudo bem ? Não precisa que eu te acompanhe ou de ajuda ? ' ele perguntou preocupado comigo. Pois mesmo aparentando estar bem, ninguém está são bem depois de uma assalto né. Mas mesmo com ele oferecendo ajuda insisti que iria ficar bem, que não haveria perigo em ir para casa, seria entrar no táxi e depois entrar em casa.
' Obrigada, mas estou bem dentro do possível né. Mas vou ficar bem não se preocupa. E muito obrigada mais uma vez pela sua ajuda que salvou a minha vida! Vou ficar eternamente grata por tudo o que aconteceu...' e peguei na sua mão em forma de expressar mais uma vez o meu agradecimento profundo do que ele havia significado para mim naquela manhã. E sem poder resistir acabei por abraçar fortemente ele mais uma vez. Ele retribuiu de novo e me confortou :
' Não precisa agradecer, fico muito feliz que voce esteja bem fisicamente e que fique bem.'
' voce salvou a minha vida cara, não vou esquecer disso... por isso eu queria te pedir um favor se não for pedir muito...'
' claro pode pedir se eu puder ajudar.'
' Eu posso te convidar para um almoço, um jantar alguma coisa para retribuir de alguma forma e te agradecer por tudo que voce fez hoje ? ' Tiago ficou pensativo quando fiz a proposta, por um momento pensei que ele pudesse ter namorada e aí não iria aceitar, mas se fosse esse o caso ele podia levar ela também.
' Voce não precisa fazer isso é sério...' respondeu ele um pouco envergonhado pelo meu convite.
' Preciso sim, sei que não há uma forma de pagar o bem senão com o bem. Por favor Tiago! ' ele ficou pensativo por um pouco mas cedeu à minha vontade.
' Ok ta bom, mas não precisa ser nada de formal nem de importante pode até ser um lanche simples no meio da tarde.' ele sorriu de uma maneira humilde mostrando que a vergonha poderia ser pela maneira simples que aquele jovem se apresentava diante de toda aquela circunstância. Para ele parecia super normal salvar pessoas logo pela manhã... Mas fiquei bastante feliz com a resposta e isso era o que me interessava naquele momento.
' Que bom! ' prontamente peguei no meu celular e entreguei para ele, ' se não houver problema pode me dar o seu número e eu te ligo para nós combinarmos quando voce tiver um tempo livre.'
' Ta bom , mas não precisa se preocupar muito com isso.' disse mais una vez.
ele pegou no celular e digitou os números no telefone e depois me entregou.
' pronto está aí...'
' obrigada' e sorri bem contente.
' É melhor eu ir andando antes que perca o táxi. '
' Sim, claro.'
' Mas vou eu te ligar pode esperar.'
'Está bem vou esperar, mas mesmo se não ligar não tem problema Adrielle de verdade.'
' Ta bom, posso te dar mais um abraço cara ? ' e ele sorrindo acenou que sim, para mim foi bem importante eu poder expressar a minha gratidão naqueles momentos que ainda estávamos ali, pois mesmo que ele não quisesse aceitar o meu convite e nunca mais nos víssemos queria que senti-se o quanto estava agradecida e o quão sincera era a minha gratidão.
Por fim, depois do abraço agarrei nas suas mãos e com um olhar de total agradecimento disse de todo o coração :
' Muito obrigado mais uma vez' e beijei a sua mão esquerda em forma de agradecimento. Ele parecia bastante envergonhado com aquela situação, mas tentou disfarçar abrindo a porta do táxi e se despedindo.
' De nada, não precisa disso tudo. '
Despedimo-nos e entrei no táxi.
Ao ver-me chorar daquela maneira assustadora a única coisa que ele conseguiu fazer foi agachar-se ao meu lado e tentar me confortar. Abraçando-me mesmo estando com a cabeça entre os joelhos, tentando de alguma forma me acalmar com ' Está tudo bem agora, ele não está aqui mais. Não te preocupa. '
É tão bom saber que há pessoas que se preocupam connosco mesmo que a nossa situação não seja a melhor. Mesmo querendo chorar aos poucos reconfortei meu coração e tomei consciência que já estava tudo bem e que eu poderia ficar bem agora.
Passados uns bons 10 minutos deixei de soluçar e chorar , limpei as lágrimas borradas do rímel na blusinha rosa que tinha vestida e me preparei para encarar a realidade.
' MUITO Obrigada, voce foi muito gentil me emprestando o seu ombro para chorar.' disse sorrindo para aquele cara desconhecido. Ele sorriu de volta para mim, não retribuindo o sorrindo, mas aliviado por eu ter parado de chorar. Mas interrompeu esse mesmo pensamento :
' Voce quer tomar uma água ? Vai te fazer sentir melhor ! Espera aí...' e mexendo na mochila que trazia tirou a sua garrafa de água e abrindo a garrafa me ofereceu para beber.
'Não precisa...' respondi, mas ele insistiu, e eu estendendo a mão aceitei aquela garrafa de água que provava mais uma vez que gentileza não tem vez. ' Muito obrigada mais uma vez.'
Mesmo não sentindo sede, bebi aquela água com bastante gosto. Naquele momento ela tinha um sabor bem diferente, não parecia uma água normal.
'Voce já está mais calma ? ' ele perguntou depois de eu ter bebido a água .
' Sim muito obrigada, graças a voce tudo correu bem. Que loucura! .' respondi ainda incrédula.
' É, loucura mesmo. E com voce está tudo, não machucou lá atrás, e depois com toda esta correria. Voce já reparou se está faltando alguma coisa ? Celular, carteira, documentos ? ' ele perguntou por enquanto que eu revirava a bolsa para verificar se estava tudo ali comigo.
'Sim, graças a Deus está tudo aqui. A Deus e a voce né ! Se voce não tivesse parado para me ajudar sabe-se lá onde eu estar uma hora dessas, muito obrigada de verdade moço !' e no calor da emoção acabei por dar um forte abraço no jovem que pego de surpresa retribuiu o abraço.
' Não precisa agradecer não ia conseguir te deixar sozinha sabendo que não estava tudo bem com voce. Eu tava descendo do onibus quando te vi sair da boate, e depois vi que voce ficou mexendo no celular. Voce me chamou a atenção, por estar ali sozinha a essa hora da manhã. Depois eu vi aquele cara chegando em voce, e me pareceu que voce não conhecia ele, aí passei por perto para ver o que estava acontecendo. E realmente foi o que eu temia...' tentou se explicar.
' Graças a Deus, voce passou por lá, eu tava procurando um táxi para ir para casa, só que como eu não sou daqui da cidade fiquei um pouco sem saber para onde ir. A minha amiga que tinha me convidado para ir nessa boate, saiu mais cedo com um cara e eu fiquei por lá, pensei que não ia ter problema se pegasse um táxi assim que saísse, mas não sabia onde poderia encontrar um.'
' Ainda bem que tudo acabou bem né. Se voce quiser posso te indicar um lugar onde tem táxis por aqui...'
' obrigada vou querer mesmo,... como é seu nome mesmo ? '
'Meu nome é Tiago prazer...' e estendendo a mão esperou pela minha para me cumprimentar.
' Muito prazer Tiago, eu sou a Adrielle.'
' Prazer Adrielle.'
' então vamos procurar um táxi para voce ?'
' Sim por favor! ' eu respondi ansiosamente, pois estava desejosa de ir para casa, tomar um banho e tentar relaxar. Eu e ele caminhamos pela rua em que nos encontrávamos e chegando no cruzamento do outro lado da rua vimos logo um táxi estacionado e livre. Atravessamos e nos dirigimos até o táxi.
' Ainda bem que tem um bem aqui.' ele falou aliviado.
' É verdade, ainda bem que já posso ir para casa... ' senti-me aliviada com a ideia de poder ir para casa e acabar logo com aquela longa noite que já estava tomando parte da minha manhã.
' Voce tem a certeza que está tudo bem ? Não precisa que eu te acompanhe ou de ajuda ? ' ele perguntou preocupado comigo. Pois mesmo aparentando estar bem, ninguém está são bem depois de uma assalto né. Mas mesmo com ele oferecendo ajuda insisti que iria ficar bem, que não haveria perigo em ir para casa, seria entrar no táxi e depois entrar em casa.
' Obrigada, mas estou bem dentro do possível né. Mas vou ficar bem não se preocupa. E muito obrigada mais uma vez pela sua ajuda que salvou a minha vida! Vou ficar eternamente grata por tudo o que aconteceu...' e peguei na sua mão em forma de expressar mais uma vez o meu agradecimento profundo do que ele havia significado para mim naquela manhã. E sem poder resistir acabei por abraçar fortemente ele mais uma vez. Ele retribuiu de novo e me confortou :
' Não precisa agradecer, fico muito feliz que voce esteja bem fisicamente e que fique bem.'
' voce salvou a minha vida cara, não vou esquecer disso... por isso eu queria te pedir um favor se não for pedir muito...'
' claro pode pedir se eu puder ajudar.'
' Eu posso te convidar para um almoço, um jantar alguma coisa para retribuir de alguma forma e te agradecer por tudo que voce fez hoje ? ' Tiago ficou pensativo quando fiz a proposta, por um momento pensei que ele pudesse ter namorada e aí não iria aceitar, mas se fosse esse o caso ele podia levar ela também.
' Voce não precisa fazer isso é sério...' respondeu ele um pouco envergonhado pelo meu convite.
' Preciso sim, sei que não há uma forma de pagar o bem senão com o bem. Por favor Tiago! ' ele ficou pensativo por um pouco mas cedeu à minha vontade.
' Ok ta bom, mas não precisa ser nada de formal nem de importante pode até ser um lanche simples no meio da tarde.' ele sorriu de uma maneira humilde mostrando que a vergonha poderia ser pela maneira simples que aquele jovem se apresentava diante de toda aquela circunstância. Para ele parecia super normal salvar pessoas logo pela manhã... Mas fiquei bastante feliz com a resposta e isso era o que me interessava naquele momento.
' Que bom! ' prontamente peguei no meu celular e entreguei para ele, ' se não houver problema pode me dar o seu número e eu te ligo para nós combinarmos quando voce tiver um tempo livre.'
' Ta bom , mas não precisa se preocupar muito com isso.' disse mais una vez.
ele pegou no celular e digitou os números no telefone e depois me entregou.
' pronto está aí...'
' obrigada' e sorri bem contente.
' É melhor eu ir andando antes que perca o táxi. '
' Sim, claro.'
' Mas vou eu te ligar pode esperar.'
'Está bem vou esperar, mas mesmo se não ligar não tem problema Adrielle de verdade.'
' Ta bom, posso te dar mais um abraço cara ? ' e ele sorrindo acenou que sim, para mim foi bem importante eu poder expressar a minha gratidão naqueles momentos que ainda estávamos ali, pois mesmo que ele não quisesse aceitar o meu convite e nunca mais nos víssemos queria que senti-se o quanto estava agradecida e o quão sincera era a minha gratidão.
Por fim, depois do abraço agarrei nas suas mãos e com um olhar de total agradecimento disse de todo o coração :
' Muito obrigado mais uma vez' e beijei a sua mão esquerda em forma de agradecimento. Ele parecia bastante envergonhado com aquela situação, mas tentou disfarçar abrindo a porta do táxi e se despedindo.
' De nada, não precisa disso tudo. '
Despedimo-nos e entrei no táxi.
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