Mas porque sonhei com algo completamente normal; a normalidade assola uma cidade dentro de mim, onde os recantos da memória tornam-me um ser por vezes desprezível.
Voltei! Encontrei algo onde devia ter deixado guardado, onde todo o esquisito morava sobre as montanhas do desconhecido "eu queria ser", vamos ser felizes, tudo vai resultar e voltar ao normal... que grande normalidade, a minha cidade destruída em sonhos, em anseios onde falava brutamente com os da minha presença sabiam onde reencontrar a consciência do equilíbrio.
Não penses, perceber; notar a diferença que difere as escolhas perfeitas da vida. Mas que vida, que decepção, hoje talvez me habituei ao que encontrei no espelho, a algo feio e cru. Sem rugas nem experiências para partilhar, sem vida e cor o medo tomou toda a coragem de sair de dentro de uma concha onde era esperado florescer algo bonito e esplendido.
Fui eu, a janela para algo partidário entre muitos que passavam por mim. As minhas opiniões deixavam o povo dementes com suas pobres cores desunidas. As palavras são bonitas, mas a experiência é escassa, tem seus jeitos, os defeitos de uma raça perdida num campo de flores onde outrora jaziam corpos deitados das grandes guerras que por ignorância travavam.
De tudo sobrou a deceção da esperança que alimenta o controle do destino, dum futuro que nem sempre é heroico. Que esquecem nossos nomes ao virar dos tempos, pois ninguém é eterno se não fizer uma grande maldade... Pois os erros irão ser mais penalizados que as bondades, isso demonstra quem realmente somos e ao que estamos dispostos a servir.
A quem queremos ver por baixo, sem melhorar o nosso entendimento para o que libertamos de fato dentro de cada um. A vergonha do ser impróprio , pensamentos impuros mas mesmo assim tudo é natural e banalizado pela consignação do livre arbítrio.
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