Sabes do que me lembro? De ti.
A vida é uma história onde cada ano conta como um conjunto de palavras.
Eu perdi o interesse na vida, pois tudo aquilo que faço não parece ser suficiente para sair do lugar.
Parece um sonho que, um dia, realmente tive — um sonho que mostrava o quanto é difícil mudar aquilo para o que nascemos.
O livre-arbítrio é uma condição extremamente complicada, pois certos caprichos são difíceis de quebrar, e eu me rasgo junto com eles.
Não sabia que conseguiria mudar tanto e, mesmo assim, continuar igual.
Não sabia que minha mente conseguiria me pregar tantas partidas, assustar-me até a morte para me ensinar que consigo controlar as minhas fraquezas, separando a ilusão da realidade.
Mas, a cada dia, essa linha fica mais tênue. Eu tenho medo de enlouquecer.
Receio que preocupações e anseios me deslumbrem e consigam levar o melhor partido de tudo isso.
Mas isso tudo... o que é afinal?
Preciso de uma vida para descobrir, e mesmo assim não chega.
O que são os anos de uma vida quando a vivemos errado?
Quando colocamos questões que sobrevivem tanto tempo dentro de nós que chegam a passar pelo meu eu.
Quando nasci, senti que elas existiam; hoje, vivo-as na primeira pessoa. Mas será que passarão? Ou esta vida não vai chegar para resolvê-las?
Na realidade, quero me livrar delas e renascer, mas, com essas questões, baseei a minha vida, e a cada situação que crio fica mais complicado me desembaraçar.
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