Dear mamães,
Ontem foi um dia inacreditável, até hoje me custa a entender como as coisas aconteceram... Em choque 🫨
Para quem ainda não sabe, irei ser mamã pela segunda vez, muito feliz por aqui, mas no entanto estava a ter alguns problemas relacionados com o trabalho. Acredito que tem sido um misto de coisas que vem acontecendo na minha vida. Mas enfim, este último sábado tive um stress muito grande que deixou-me demasiado ansiosa sem conseguir dormir e com dores na minha barriga.
A minha luta sobre o meu trabalho começou quando estava ainda com 17 semanas que tive um incidente numa arca frigorífica no trabalho e que fui parar no hospital com uma grande pressão na barriga como se já estivesse a querer ter o bebê e toda a minha perna direita estava dormente sem conseguir andar direito. Fiquei apavorada quando a enfermeira disse-me ao telefone estava a ter contrações e que devia dirigir-me para o hospital.
Cheguei ao hospital e o hospital ao qual fui encaminhada estava com as urgências fechadas, o que fui levada para outro hospital ao qual fui atendida. Apesar das dores e das fortes pressões na barriga a médica disse que estava tudo bem com o bebê e que devia pedir ao médico de família para fazer um exame de infeção urinária.
Sai de lá um pouco chateada porque não deram muito importância ao quadro em geral, mas tranquila porque estava tudo bem com o bebê.
Após isso decidi pedir ao meu médico de família um atestado de gravidez para poder entregar no trabalho para eles poderem ficar a saber que estava grávida. Mas antes disso liguei para a ACT para saber dos meus direitos enquanto grávida e ao estar a trabalhar por contrato a termo. E eles aconselharam-me a entregar um atestado e pedir que o meu trabalho fosse melhorado à minha condição. A minha chefe em uma semana venho falar comigo a dizer-me que iria me passar para as caixas e com um horário mais reduzido, o que eu já estava à espera. Mas infelizmente as semanas seguintes tornaram-se um inferno, alguns colegas meus colocaram baixa médica uns foram de férias e a minha transferência para outra secção foi adiada por falta de pessoal. Quase não havia pessoal para trabalhar, e numa dessas a minha chefe sabendo que não podia fazer algumas coisas disse-me que não podia sobrecarregar os meus colegas e que tinha que fazer as coisas, sendo que nunca me neguei em fazer as coisas e ficava além do meu horário de trabalho caso fosse necessário.
Fiquei tão chateada que antes de ir almoçar passei no médico para pedir uma consulta. Quando cheguei depois do almoço o meu colega venho falar comigo e falou que a chefe lhe tinha dito que não era para ele se matar de trabalhar por causa de mim. Fiquei ainda pior, pois estava cansada, com dores e sem poder fazer nada.
Triste que algumas mamães precisem passar por estas situações, sermos julgadas que não queremos trabalhar por conta de não conseguirmos fazer mais, exigirem a mesma produtividade sendo que isso é impossível. Não tenho explicação para este tipo de comportamentos.
Estes julgamentos não pararam por aí. Consegui uma baixa de 11 dias para ficar em casa a descansar, e após ter voltado a trabalhar trabalhei quatro dias e tive que voltar a colocar baixa pois as minhas costas começaram a doer sem puder andar e mexer-me. Fiquei mais cinco dias em casa.
Para esclarecer trabalho em cafetaria e padaria num supermercado.
Após os cinco dias o meu médico quis prolongar a minha baixa mas eu sabendo que eles estavam a precisar de pessoal disse que não e voltei ao trabalho. Voltei mas ao fim de dois dias já as dores tinham voltado e tive que ficar em casa. E assim foi no restante da semana até que no dia de sábado comecei a sentir dores na minha barriga e umas fincadas no meio da barriga, sem falar que com o calor comecei a sentir-me tonta e com quebra de tensão. Tendo que ir sentar-me para recuperar um pouco.
Nessa mesma noite após situações que stressaram bastante não consegui dormir e a ter ataque de pânico sentindo novamente as fincadas e as pressões na barriga. Mandei mensagem para a minha chefe que não poderia ir no dia seguinte e mandei também uma justificação do médico do meu seguro de saúde feita por telefone. A minha chefe mandou-me uma mensagem a dizer que não podia mandar mensagem assim tão em cima da hora e que tem que devia respeitar a minha entidade patronal.
Aí eu pergunto, onde é que a minha entidade patronal me tem respeitado até agora ? Pois posso listar várias irregularidades e situações desconfortáveis aos quais tive que aguentar durante dois meses.
A partir daí não conseguia dormir a noite acordava e já não conseguia dormir mais e já vinha a ansiedade de tudo o que se passavam nestes últimos dias que anteontem num desses episódios de não conseguir dormir e ficar ansiosa, liguei para a minha chefe de manhã e disse que não me sentia bem outra vez, e ela insistiu de novo que devia de ver isso pois não podia ficar assim e eu nisso entendo mas mesmo indo no meu médico de família reclamando sempre do mesmo não me pôs de baixa e eu já estava ansiosa imagina ter que andar assim mais dois dias.
Liguei para um hospital privado para marcar uma consulta com um médico obstetra para poder explicar tudo isto e tentar mais uma vez para ver se alguém entende que eu não estou bem.
Liguei e apenas havia vaga para a próxima semana, mas entretanto no meio da chamada houve uma desistência e conseguiria ter consulta no dia seguinte e eu aproveitei pois a meu ver a situação era urgente.
Não sei se foi sorte, se foi Deus, pois nisto tudo já estava bem desacreditada de tudo, parecia que estava a merecer isto de alguma forma, porque precisava eu de ser castigada assim de reclamar, de todas as semanas ir ao médico exatamente pelas mesmas razões e o meu médico já ciente de tudo o que estava a passar não me passar uma baixa de risco.
Enfim na consulta com este novo médico, ele perguntou-me algumas coisas para escrever na ficha e depois perguntou o que a trazia lá e eu falei sobre que o me estava acontecendo nestes últimos dias e depois nas semanas anteriores. Em menos de 15 minutos ele disse-me que iria passar baixa até ao final da gravidez, eu ouvi mas o meu cérebro não associou ou não acreditou pois é tanto tempo a falar e ninguém entender que a pessoa já desiste de insistir.
Acredito que o meu cérebro só percebeu quando estava a pagar o estacionamento, que quase chorei naquela hora. Até agora ao escrever nem acredito que estou de baixa até o final do parto 😭.
Incrédula até agora...
Por isso cada dia tem seu pagamento.
Um bom dia 🌺 🌺
Comentários
Postar um comentário