Onde me caberia por inteiro?
Transcendental no meio de tantas variações. Sou a extensão de um amor pragmático — um salto de fé onde apenas acreditar não basta. É preciso atravessar cada instante onde, tantas vezes, fui mais do que devia.
Não há uma volta a dar, mas posso sempre ficar atrás... com os pés no chão e os olhos bem abertos, tentando perceber qual será o próximo passo.
Qual é, afinal, a única preocupação entre tantos corações?
A minha vida basta?
Não.
Mas talvez isso nem seja o mais importante agora.
O que não posso é parar.
E se o medo voltar?
E se aquela mistura de sensações me invadir outra vez?
Onde aprenderei, de novo, a enfrentar a minha mente? Onde os caminhos se estreitam à beleza do momento, serei apenas a dispersão dos meus pensamentos?
O que procuro do outro lado?
A mente tenta libertar-se de algo que já não faz sentido.
Do que preciso exatamente agora?
Liberdade.
Preciso ultrapassar grandes barreiras.
Preciso encontrar um amor verdadeiro, para me libertar de vez do que ainda me prende.
Há grades que se enrolam à luz da minha presença, limitando meus movimentos rumo à minha própria imaginação.
Mas meus olhos — olhos de soberania — sentem a outra dimensão.
E talvez, apenas talvez, seja lá que eu me encontre por inteiro.
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