Nada espero para espantar a minha alma, sozinho viemos ao mundo e dele iremos sair sozinhos.
Mas nesse meio tempo temos tantas pessoas que irão passar em nossa frente, tentando de alguma forma parecer justamente aquilo que precisamos naquele devido momento.
O amor transforma-se a cada manhã em coisas diferentes. Começamos com lições básicas de pai para filho de mão para filho, amor que como tudo nesta vida gera um ciclo vicioso.
Somos carateres numa língua estrangeira que acaba por ser nativa em nossos corpos. Escrita em todo ele, transpira notas cheias de emoções, sendo tão difícil controlar a pulsação de um coração apaixonado.
Ninguém controla um desviado coração que ferve em tão belos corpos que transpiram o perfume da sedução; que sugam a atenção para o segredo sussurrado deixado como pistas a um cego cão que persegue apenas o desejo.
Carnalidade misteriosa que escondem os sorrisos da calamidade pulsando mais do que a adrenalina no sangue. Precisa de mais êxtase, mais confirmação do que apenas o sorriso inocente das mentes que já fazem a premonição da noite maravilhosa onde o poder da sedução acaba por ser consumado.
Nada mais me espanta, pois a dor de perder nem sempre se iguala ao prazer momentâneo ao qual submetemos a carne. Seres carnais que preenchem o vazio dos seus corações por apenas meras refeições mal comidas. Não tratam de entender de fato o quanto fundo está o buraco ao qual deixaram a cada mal investida que acaba por fechar cada vez mais o segredo da felicidade a dois.
O amor é perfeito, a perfeita anedota contada todas as noites aos ouvidos daqueles que ainda pretendem encontrar o amor nas ruas mais escuras da cidade. Deixem que o amor escorram como a chuva que cai nos canos limpando a podridão que anda pelas sarjetas das ruas. Não há onde procurar o amor ali, não dá para mudar algo que está tão destruído oferecendo o amor puro e ingénuo de um novato.
Jogando para manter-se na linha da frente impedindo o que outros tanto buscam, imploram ao verem a beleza esvair-se pelos cantos obscuros da vaidade dos corações. Nem vale a pena, chorar implorar, por algo que se revelou inatingível.
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