No profundo azul escuro que desembarcam as façanhas de um mercador abandonado, comercializa os tesouros escondidos do fundo dos mares.
Ainda aqui as marés rodopiam as notícias de onde os homens preferem enterrar seus sentimentos, amortecer as saudades do que nunca aconteceu e mesmo assim deixar a descoberto a louca vontade de voltar a ser marinheiro no desconhecido da alma.
Amor perfeito onde fostes procurar a tua cara metade, onde estavas à espera que teu barquinho se prendesse onde o coração abandonou a alma sentindo de longe que ainda anda contigo. Nunca nos vamos separar, a vida continua o amor caminha por lugares estreitos deixando o rastro das lágrimas para trás. Seguindo para sempre com a cabeça erguida contemplando não só o sol do final da tarde numa ilha deserta, sozinho esperando tudo aquilo que algum dia o mar prometeu dizer de boca cheia. A minha amada um dia irá voltar, estará a meu lado na manhã dos dias ou nas obscuridades das noites sem luar.
O tempo marca o compasso de uma melodia, devagarinho chegando ao ponto onde a questão vira ferida; tuas palavras são os pesos que amarram em minhas costas dispondo a vergonha de um amor considerado impuro. A condenação perfeita para um casal que em nada entende o tempo em que deve terminar cegos apenas pelo o inocente desejo de um sentimento carnal. Esvaziando-se um ao outro de tudo o que mundo tenta empurrar em suas mentes, bombardeando violentamente os passos de uma vida normal.
Por vezes, de nada serve gritar para todos os lados quando os ouvidos em nosso meio transformam-se em surdos; fingindo não verem, talvez já nem seja fingimento e sim a indiferença de um povo com falta de patriotismo.
Nada é justo «, no meio de tudo ninguém quer dar-se como culpado; muito se clama pela falta de amor mas as escamas começam exatamente na falta de conhecimento de si próprio. De entender que o amor deveria começar por nós próprios até o querer manifestar amando para todos os lados.
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