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Por Tempos

 É muito intrigante como a natureza de um ser consegue ser tão indomável, suas questões provocam as reações de vida ou de morte e colocam mais questões do que respondem as dúvidas do caminho onde percorro. 

Questiono cada vez mais o porque não consigo as respostas certas das questões que me dão cabo da minha cabeça, mas em troca só recebe ainda mais deceções. Parece que o caminho que quero trilhar está cheio de espinhos. Pergunto-me por fim, será o caminho que tem espinhos ou sou eu que tenho as serras em meu corpo? 

Um erro que em nada justifica as imensas ideias que condenam a minha natureza tentando sempre justificar a tão imperfeição que em frente se estabelece. Pergunto-me o que correu tão mau? 

Retrocedo anos atrás, tento recordar onde era feliz, onde a minha vida parecia perfeita e tão tranquila que nada corria mal. Tento perceber se a culpa é minha, e como mudei. Sim mudei, e mesmo que hoje tento voltar atrás querendo ser a mesma do que um dia já fui, não consigo, é impossível! 

Acredita todo este tempo tenho tentado voltar a ser a doce e ingénua flor que regia minha vida, mas é impossível, tão difícil controlar génio forte quase indomável. Provocando tudo dentro de mim, constante inclinação quase para o mau aos olhos dos outros. Pergunto se será influência de algo exterior? 

Será que alguém influência tanta mudança? No fundo sentia que se um dia iria libertar quem na verdade gostaria de ser. Aquilo que mais ambicionava concretizar conquistei mas acabei por afastar-me aos poucos do antigo mundo em que vivia. 

Mudei, atingi o que minha alma há muito me dizia que iria acontecer. Não parecia uma premonição, mas sim um choro desenfreado que mostrava o quanto este caminho iria fazer-me sofrer. Aprendi da pior maneira que não deveria acreditar em videntes do tempo, onde a mente recebe suas visões torturando a alma para pagar um preço que nem sempre deveria ser cobrado. 

A realidade não é uma certeza e sim uma escolha pela qual podemos decidir nosso caminho. De tudo o que percorri, ao longo desses vastos anos fui olhando para trás fazendo as conexões necessárias ao que havia visto que aconteceria lá na frente e passar pelas tristezas é bem mais difícil do que apenas pressenti-las. Pergunto-me se minha alma gosta assim tanto de se martirizar ? 

Porque hoje depois do preludio algumas coisas se cumpriram, mas outras provaram ser bem ao contrário do que ao princípio vi. Hoje vejo o que tenho e jogo com as cartas que fui juntado pela estrada tortuosa que vaguei; e ainda agora levantei a cabeça com um pouco de uma tranquilidade desafogada o ciclo em minha frente coloca-se exatamente igual ao que já havia acontecia antes. Pergunto-me sou eu que vou de encontro a tais encontros fatídicos, sou eu que os sigo atraindo -os até mim? 

Quem me dera poder fugir a toda essa escuridão que aproxima-se cada vez mais de cima da minha cabeça, pois quando se aguenta dores infernais sabe-se muito bem como elas bem começam. No princípio elas escondem-se nas boas caras que acham-se carinhosas, proclamam agir com sabedoria, sentem-se os donos da razão almejam seguidores. Mas sempre procuram a mesma coisa que senão a confusão em nossas mentes, colocando-nos sempre em posição de definição, oferecendo a mão para ver-nos dependentes encontrando aí uma fraqueza para logo em seguida tirar com as duas mãos humilhando-nos para sabermos que não somos nada e muito menos não temos nada com o que contar. Afinal qual é a graça disso ? 

Doí admitir que se ama quem nos engana, machuca muito entender que a nossa frente está um coração frio e egoísta que disfarçadamente nos chama de amor. É difícil entregar-se nos braços do amor quando quem de muito perto conquista nossa atenção para depois desprezar a nossa humilde devoção. 

São muitas teias criadas para conseguir escapar de tantas armadilhas que se colocam na nossa frente. Como podemos rejeitar quem deveríamos tão bem acolher? Será afastar-se um ato de cobardia? Sinto saudades, sinto a necessidade que tenho de os amar, o dever de não os poder abandonar, justifico que olhando o mundo superficialmente todos nos somos assim também. Que reles desculpa a minha, apenas pretendo desculpar dos erros que também cometi. Tento não só enxergar a revolta que com cada situação cresce dentro mim, mas olhar bem aqui dentro e ver se também não agi mal. Pois considerando igual aos outros sei que não enxergo o que minhas palavras rudemente proferem. 

Sinto-me culpada mesmo tento a certeza da manipulação que os meus sentimentos sentem desde que se encontram nessas tempestuosas situações. Sinto a teimosia, a mágoa crescerem fervorosamente dentro de mim e é isso que indica que também já falhei. Sucumbi à minha natureza humana falhando em deixar meus sentimentos falarem por mim assaltando por completo o equilíbrio de controlar as coisas explodindo toda a raiva dentro de mim. 

Parecia calma, em paz desviando-me como podia dessas escolhas escuras que gostam de apresentar-se indo atrás de mim. Pergunto-me, como fiquei assim? 

Não pode ser verdade que esteja sempre certa dentro da minha cabeça luto também para contrariar idolatrar-me a ponto de achar que sou eu tenho a chave para a perfeição colocando a ordem em toda a questão que sempre me aparece. O resultado é quase sempre o mesmo, meu senso de justiça quase sempre é o errado aos olhos que atentamente procuram esmagar-me juntamente com minhas falhas. Sofro por fim, pois tenho que engolir o orgulho de saber que por vezes tenho a razão mas que por tão nojento que seja tenho que subjugar-me a fazer o contrário. 

Relembro-me que voltei ao princípio como era, antes fazia as coisas obrigadamente e sem levantar questões deixando os outros à vontade para fazer o que eles querem. E hoje a única diferença é discutir o ponto em questão para ter que ceder às asquerosas manipulações. 

Não ganho, apenas perco por só tentar fazer ver que também tenho vontades e opiniões. Mas isso é difícil de entender, magoa demais para querer ficar perto de alguém que não se importa de fazer quem esta próximo sofrer para agradar os outros que a eles não são nada. 

É sofrer por tentar fazer o bem a quem quero tão bem mas as retribuições são demasiado duras para entender o porque. 

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