Há apenas poucos espaços que precisam ser preenchidos , o vazio que coloca-se por entre as nossas mentes despreocupadas mesmo que nada nos possa impedir de sonhar mais alto pela nossa própria consciência.
Não existe apenas amor, haverá mas partes dentro de nós mesmo, queria ser espetacular, mas fecho-me dentro da minha própria felicidade o que redundantemente deixa tudo à minha volta sem efeito.
Tudo é possível, os pesados pensamentos deixam-se perder por entre as minhas memórias que teimam deixar meus erros no esquecimento.
Do alto consigo ver-me repetidamente num mundo cheio de dúvidas que apertam a cada um de nós. Somos esperançosos, instigantes e sem medidas tomamos a vida como um portal de maravilhas, fazendo o que nos apetece mas sem a mínima consciência que um dia tudo passará e o que apenas ficará em nossas mentes será as lembranças do tempo em que perdemos lamentando as maldades ao qual o doce engano do 'agora' proporcionava.
Já não há tempo nostálgico que compreenda a ignorância de um errante andar sem as rédeas controladas pela vontade aspirante de um bom burro de carga.
Ao identificar-me com as portas entradas de um infernal diamante onde apenas eu mesma preferiria entender o que a minha vida apenas não mostrou de logo quando tudo se manifestava à minha frente.
O cerco apertava-se o meus pulmões cheios de gritar o mais alto que conseguiria esquecer as minhas próprias lembranças, sou melhor do que imagino sou mais forte do que transpareço a mim mesma. Condeno-me, prendo-me por vezes em meus próprios enlaces; escuto vozes de engano que destroem o bom caminho que constantemente tento criar à volta de mim.
Não grito, os meus olhos desesperam diante da mediante estrada tortuosa ao rever-me nos olhos de uma multidão fervorosamente perdida que não precisa dizer-me o que tanto procura; acho que todos procuramos o mesmo.
Paciência, a minha calma reside num amor sobrenatural, na fantasia que me vale toda uma vida, que assume o controle de meus pensamentos e faz-me apenas prisioneira dos verdadeiros escombros lamentados por todos que passamos pelo vale da sombra que nada mais é a morte de todos.
Um dia, resplandecerei, renascerei de entre os corpos deitados que preferem as maldições às verdadeiras premonições chatas e demasiados púdicas para serem aceites aos nossos rebeldes espíritos descontrolados.
Não chores, não reveles tuas fraquezas a um mundo que nunca te perdoa em suas palavras; serve apenas para rebaixar-te onde menos estarás protegida. Desvia em ti as atenções ao que a verdadeira fortaleza pretende disfarçar.
Um coração duro demais para desfiar, morrer apenas por fora irrepreensível perante as tantas condenações que um duro mundo pode colocar entre si e sua amabilidade.
Não permite a esperança tentar esconder o opróbrio de tanta indignação ao abandono sofrido pela sua espécie deixando que a falta de empatia falasse o que a verdade repetidamente não se cansa de demonstrar.
Já nem se importa o quão baixo ainda pode-se descer, onde os tornozelos imprimem as dores de um errante caminhar por entre as estradas da vida que acabam por esmagar no âmago interior.
Até onde vi, em nada o posso mudar, o futuro dita-se a si mesmo, colocando em seus buracos a esperança de dias melhores, de brisas frescas que anseiam cada vez serem libertadas para dentro de cada um de nós. Mas assim como o vento que tem princípio, meio e fim, suas ondas deslizantes confundem as almas sedentas por um pouco da brisa refrescante que transporta em si o beijo da juventude acaba por perder sua intensidade ao encontrar-se diante de tamanhas prepotências.
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