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Mostrando postagens de junho, 2025

Por Onde Andaria eu ?

Por onde andaria eu? Por onde esperaria por mais? Sou a calma entre os meus dias, que esqueço em outro momento, onde tudo o que faz sentido nem sempre conduz à minha realidade. Giro em torno de mim mesma, sentindo o movimento entre os meus esquisitos sentidos. Busco, com resiliência, as minhas próprias decisões, que, no fundo, revelam dentro de mim a minha fortaleza. Ele te vê, te respeita, te espera. Ele te quer como tu te queres a ti mesma. Ele sou eu: ama-me como quero ser amada. Chama o amor de uma forma radial. Nunca pensei que, na minha existência, esse sentimento seria tão fulcral para fazer florescer dentro de mim a vontade da cor e do calor da grande floresta que habita o meu interior. Caminho perdida por entre a densa floresta que, na minha visão, apenas se vê cinzenta — sem nenhuma dinâmica de dias. Ela apenas se move, inerte, pelo caminho que tenta trilhar. Dentro de mim, não sinto o fio dourado do meu infinito, mas apenas um mar revolto que tenta se conter dian...

A Travessia

E no meio da floresta, a mulher vestida de branco, que toca na terra, levanta-se e começa a caminhar por entre as árvores até chegar a uma grande árvore. Ela encosta sua mão suavemente no tronco, como se pedisse permissão para tocá-lo. É então que a árvore transforma-se em homem-árvore, e este a convida a olhar para dentro dele, através do seu grande tronco. A mulher para à entrada do centro do homem e vê uma imensa escuridão. Sente receio — teme que aquela escuridão a engula. Volta a olhar para o rosto do homem-árvore, que a observa com ternura nos olhos. Ele estende a mão, convidando-a a aceitá-la e caminhar por entre sua escuridão. Ao entrar, encolhe-se com o frio, como se o vazio a tocasse. Mas aquilo que parece vazio transforma-se em densidade — quase palpável aos dedos. Seus dedos roçam suavemente a densidade escura, como se tocassem o tecido de um mistério antigo. Seus pés caminham livres, e seus olhos, surpreendentemente, não perdem a sensibilidade: continuam a enxergar tudo, c...

Não é solidão

Não é solidão. Mas gosto da minha solitude. Você se acostuma a isso, quando todos te viram as costas. Quando a solidão é a única coisa que sobra, aprende-se a valorizar o silêncio. Contêm-se as palavras, para que não se dispersem ao vento. Fecha-se a maravilha de partilhar a vida. E, por onde mais interessa, viro esquecimento. Se tens medo de vaguear por aí... Prevês por onde um coração condenado quer andar. Ele pulsa e remanesce onde quer — destruindo tudo à sua volta, pois sua maestria comanda o seu falar. Ele encontra sem ao menos procurar. Apenas sua suave vibração perpetua os dias. Desencanta alegrias, e chora por meio da vivida beleza.

Em meio à minha floresta

E no meio da floresta, a mulher vestida de branco, que toca na terra, levanta-se e começa a caminhar por entre as árvores até chegar a uma grande árvore. Ela encosta sua mão suavemente no tronco, como se pedisse permissão para tocá-lo. É então que a árvore transforma-se em homem-árvore, e este a convida a olhar para dentro dele, através do seu grande tronco. A mulher para à entrada do centro do homem e vê uma imensa escuridão. Sente receio — teme que aquela escuridão a engula. Volta a olhar para o rosto do homem-árvore, que a observa com ternura nos olhos. Ele estende a mão, convidando-a a aceitá-la e caminhar por entre sua escuridão. Ao entrar, encolhe-se com o frio, como se o vazio a tocasse. Mas aquilo que parece vazio transforma-se em densidade — quase palpável aos dedos. Seus dedos roçam suavemente a densidade escura, como se tocassem o tecido de um mistério antigo. Seus pés caminham livres, e seus olhos, surpreendentemente, não perdem a sensibilidade: continuam a enxergar tudo, c...

Neste dia

Sabes aquele dia em que te sentes uma merda? E nem sequer podes gritar com alguém... Já falei das minhas lágrimas selectivas? Parecem sátiras — pois mesmo com um nó na garganta, elas congelam. Demasiados sentimentos num dia comum. Como se respirar fosse normal… mas tento manter curto. Não consigo encolher a minha grandeza. Mas já não caibo em mim. Onde está o meu coração? Ferido, desiludido — olha a vida com dor. Fui eu quem falou, atraí tristezas, criei esperanças. Termino ciclos, enquanto outros se esbatem em mim. Tu sabes onde me encontro… mas escondes-te. Sou eu quem grita e precisa de outra direcção. Opinião forte, esqueci o que a mente realmente escuta. Mas se anseio sair do lugar onde me encontro, buscar algo real, ser real — olho-me ao espelho e respeito o meu encolhimento. E ainda assim, chamo a tal loucura que me emudece. São tantos mundos... Onde me encontraria, afinal? A minha insignificância gera dúvidas. Ela prende-me onde talvez eu devesse libertar. Encaixa-...

No Meio da minha Floresta

No meio da minha floresta, onde o passado constrói o futuro em que agora nos encontramos. Caminho por esta floresta magnífica, sem julgamentos, sem pensamento. Onde a pressa do mundo e seus precedentes não conseguem sufocar a vontade da alma. É o espírito — de onde tudo parecia auspicioso — mas no meio desta densa floresta, procuro o que poderá calar todos os gritos suspirados que asfixiam a alma mais teimosa que já houve. Como poderei eu calar meus próprios gemidos de dor, se alguns parecem nem vir de mim, mas de fora? Mas, como se ela própria soubesse de sua força, sua mão, apenas ao tocar o chão desta sagrada floresta, determina o limite entre o corpo e a terra — a separação entre dois planos que passam, enfim, a se entender. Sua aura brilha. Como se soltasse algo de dentro, e revela-se a redenção. Tu és a visão. Miragem que confunde o esquecimento. És o amuleto que encaixa a perfeição num só momento. E nisso tudo — tudo o que andava depressa demais se desfaz no v...

Entre Mundos

Poder sair deste corpo e sentir mais do que a vida corriqueira... Sentir aquele novo mundo onde a realidade é transcendental. Onde a vida ganha outro sabor e o tempo se desfaz, deixando de existir como horas, tornando-se atemporal. Onde não sabemos se estamos vivos ou apenas pertencemos ao espírito. É assustador — mas é outra dimensão. E estar nela, acordado, é perigoso. É como se eu tivesse saído do meu corpo, e ao voltar a olhar, visse o mundo com os olhos da alma. É mágico, assustador e transformador. Será que eu iria me perder para sempre naquele mundo? O que veria nele? O que estaria contido ali? Será que, nesse momento, o tempo deixaria de pertencer a si próprio, revelando suas diversas nuances, abrindo-se para algo místico, onde eu pudesse existir e subsistir outra vez? Eu sou o caos que requer transformação. Sou a imperfeição nos meus lábios. Meu corpo sente onde minha mente caminha, pois tenho apenas portas constantes com o divino. E hoje, os céus abençoam minha humilde existê...

Minha Segunda Chance corrigido

Deus, hoje pedi uma segunda chance. Não sei como será, mas o meu coração já não aguenta mais. Está em pedaços... e eu só queria saber como viver depois disso. Acordei hoje com medo de continuar. Medo do tempo, medo das escolhas, medo de não conseguir. Mas também acordei com uma prece — um pedido secreto, silencioso, para que alguma luz me invadisse e me lembrasse que ainda há um caminho. Eu não sou mais a mesma. E talvez nunca volte a ser. Mas ainda sou um pedaço da mulher que acreditava. Aquela que sonhava, a que sentia tanto que às vezes se apagava para que os outros brilhassem. Hoje, eu só queria não me sentir um peso. Só queria parar de lutar o tempo todo com a ideia de que falhei — com a culpa por não ter sido o suficiente. Minha alma está cansada. Mas ainda sussurra vida. Ela diz: “Espera mais um pouco...” “Respira mais fundo...” “Talvez ainda não seja o fim.” E se essa for a minha segunda chance — então que eu a abrace com as mãos trêmulas, com ...

Pessoa Amada corrigido

Pessoa amada... Nem sempre foste bem-vinda nos meus pensamentos. Mas, ainda assim, foste sentida — num tempo que já nem sei nomear. Tu foste, sim, importante. Embora a importância, por vezes, doa. Pois te amei — mais do que devia. E me deixei guiar por uma ilusão que construí só com o que queria ver. Foste presença... Mas também ausência. E no meio disso, o que restou de mim? Eu — que me desdobrei em carinho, em compreensão, em silêncio. Silenciei tanto... que deixei de ouvir a minha própria voz. Tu foste amor, sim — mas foste também engano. E por isso, foste dor. Foste saudade — e depois, quase esquecimento. Mas não te culpo mais. Nem me culpo tanto. Aprendi que há amores que chegam apenas para nos ensinar o que não somos. E o que não merecemos. Pessoa amada, foste espelho, foste sombra. Foste até mesmo oração — mas uma daquelas que se faz de joelhos, com o coração em ruínas. Hoje, te vejo com distância. Com ternura. Com a leveza de quem não carrega ...

E sem saber o porquê, me entreguei...

E sem saber o porquê, me entreguei... Muito mais do que devia. São nossos reflexos — almas invertidas que se espelham em pessoas que apenas observam demais e pouco fazem. Precisam de vida, sangue, de um despertar — onde as coisas não serão apenas as mínimas coisas. Meu tempo é limitado. Eu, aqui, apenas tenho escolhas. E decisões que serão o meu caminho daqui por diante. O caminho batido de terra, que estreita os passos, é o caminhar errante da alma. Varrem de dentro da mente algum dia… Dia onde o sol queimava por sobre a pele e guardava não apenas doces palavras, mas muito mais do que a ambiguidade. O levantar e erguer a cabeça sente-se muito mais do que poderia... Mas por agora, prefiro ficar só. Escutar não só o silêncio dos meus dias constantes, mas criar coragem rompante para desfazer os paradigmas de uma outra história — uma história que hoje termina. É infernal. Horrível decifrar. Pois não há momento de calor, não há situação mirabolante. Mas existe o ...

Carta à Sarah

Sarah, por que te anulaste tanto? Por que deixaste o amor cegar-te ao ponto de deixares de existir? Sempre foste seletiva e implacável. Mas, por circunstâncias da vida, baixaste a guarda — e entregaste-te por completo a quem não era nem metade. E agora? Como reconhecerás o amor real, se te aprisionaste tanto tempo a um amor egoísta? É doloroso ver-te assim. Sentires que falhaste, mesmo tendo dado tudo de ti. Mas sim — deu para sentir. Amaste sem acreditar. Entregaste tudo com a melhor das intenções. Tentaste suportar com mestria uma vida de tristeza. Mas não foi amor. Suportaste. Não fugiste. Rasgaste o coração vezes sem conta porque tudo o que queriam era fazer-te desistir. Mas foste tu quem se derrotou — porque deixaste que tudo isso te consumisse. A tua vida, cansada de estar perdida, já não chora, nem clama… apenas emudeceu diante dos abismos que a cercam. Mas ela sente tudo. Sente o vazio, o desespero, as desconfianças… e anula-se. Torna-se invisível a tudo o que está ao seu redor...

My Eternal Love

My Eternal Love É como se o tempo se escapasse de mim. Encontrei em ti muito mais do que devia esperar; foram apenas com os olhos da alma que consegui entender o que, afinal, é o destino, que quebrou o feitiço de onde havia mais do que palavras soltas. E se o mundo rodasse aos meus pés? De onde me reconheço e vejo o quanto ainda permaneço no mesmo lugar! Luto por tantas almas que se acostumam com a falta de amor, pela ambiguidade de ser-se mais leve sem sentido. Confio meu paladar nas portas das estradas que chegam aos confins do mundo. Entre ambos, somos soltos neste mundo, passamos tantas vontades que se multiplicam entre si! São os olhos da escuridão que permanecem na penumbra do dia e adormecem os sentidos de uma humanidade inteira. O todo que causa arrependimento aos gigantes pensamentos de uma mente limitada. Onde encontraria, afinal, meus ínfimos dias? Ao teu lado, onde a guerra permanece igual, cada passo se estende nos nossos dias. Dias onde vitórias saboreiam não apenas o san...

Ao homem da Floresta

Para daqui a um milhão de anos, como se os corpos voltassem a se reencontrar. Haveriam muitas vidas na estrada que me levariam a ti — de volta a um grande espetáculo do qual fazemos parte. Mas uma vida… não chega aos pés de um milhão de anos. Seria injusto, talvez cruel, poder voltar ao mesmo caminho, rejeitar as mesmas paredes que já se entendiam apenas por se olharem demasiadamente. Mas eu — que ainda aqui pairo pelo ar — escolho estar por perto, como se, do centro das minhas escolhas, eu pudesse simplesmente ser: amar, libertar, ser indiferente e ao mesmo tempo quente — demasiado quente para ignorar que estamos exatamente no momento certo. E mesmo sem compreender, escolhi amar, libertar, ser — mesmo quando a indiferença me chamava. Porque havia fogo. Demasiado fogo, mesmo que tudo parecesse fora de tempo. Foi ali, naquela noite improvável, que nos encontramos. Apenas uma dança, poucas palavras, um desafio entre mentes que nem se conheciam. Mas hoje, ao to...

Tamanha Transformação

Nesta vida, pouco ou nada desejei. Vivo o meu próprio caminho e o meu destino da maneira que melhor me encontro. Quando olho para dentro e reconheço as causas de tanto sofrimento calado por tanto tempo, por vezes sinto a necessidade de respirar — de fazer ouvir um pouco da minha voz, de vez em quando, mesmo sabendo que talvez não serei ouvida. Não sei se serás tu o homem daquela imagem a quem me refiro e penso. Uma pergunta que, em si, nada pesava, mas despertou curiosidade — transformou-se em conversas… e em encantamentos. Tu és responsável por aquilo que cativas. Nunca fui tão verdade quanto sou na realidade que vivo hoje. Pergunto-me como me deixei envolver apenas pelo desejo de ser ouvida, de ser vista. Fui imprudente, eu sei. E, por vezes, sinto que falho — faço as escolhas erradas, uma e outra vez. Mas não quero continuar a sentir-me assim. O gosto da solidão é mais leve do que entrar numa dança onde só um deseja dançar, enquanto o outro, mesmo conhecendo alguns passos, não o...

Onde Resideria Meu amor ?

Onde residiria meu amor? Posso não estar lá, mas um dia chegarei. É como se meu vazio fosse mais do que saudade; como se esperasse algo mais de mim. Prevejo tudo o que realmente importa, e mesmo assim, e se o amor desiludisse tanto a ponto de já não poder suportá-lo? É uma coisa cheia de esperanças mórbidas, algo descuidado que não apenas foge, mas abandona — mesmo sem saber como. É amor! Que culpa tem ele? Apenas sabe amar, e nada mais. Consegue ser frívolo nos momentos ainda não compreendidos. Eu ainda estou aqui, mas esqueço de tudo e te procuro, pois sou um pouco tonta. Tento reconstruir uma realidade fantasiada do bem que já não faço. Já não sou mais eu, nem sou mais esperança. Fugi e, por entre o nada, nada mais achei... Se dou e recebo, me transformo em algo que minha alma não espera. Preparo mais do que palavras justas: não quero viver entre metades. Sou um pouco de luz escondida atrás de portas trancadas que guardam nossos segredos mais fiéis. Sou quente, como a única noite de...

I'm an ugly truth

 Sou uma verdade feia, o reflexo da feiura de o ser! Nada mais que corpo que delimita as minhas percepções. E é nesse reflexo que revejo o que tanto se comportou. Sou mortal, frágil e temporal e quando me deparo com a imortalidade da vida sou uma verdade feia. Que neste tempo o mundo ou se suporta ou se transforma!  e esse meio tempo onde me encontro ? A luta constante por manter-me vivo, que mesmo inconsciente o sentido de meu corpo e o sinonimo de luta para sobreviver.  somos tão fortes como frageis ao mesmo tempo e num segundo tupo pode deixar de valer ou existir de verdade. Vamos fazer valer? Valer numa realidade onde cada toque faça sentido, onde a vida role mesmo que distante e que nos faça sonhar para se manter vivo.  A minha solitude onde eu faço sentido, onde é o centro daquilo que realmente. Eu me escolho e adoro estar bem aqui! Fora do radar, aprendendo a enviar as energias certas para este universo grandioso. Por vezes não sou só eu que estou no centro, v...

De volta a mim

Também tenho saudades tuas... Mas sinto mais falta de mim. Aquela figura enigmática por quem me apaixonei quando olhava ao espelho todos os dias. Hoje, apenas me pareço com as pedras da calçada — iguais e desalinhadas — apenas esperando algum percalço da vida. Alguém que possa andar apenas distraído por aí, distraído nas suas muitas fases de vida, que esteja adormecido para a minha verdadeira intensidade. Cabeça além das nuvens, que tome conta de apenas detalhes — algo que se note não apenas pela superfície. Onde me encontraria, afinal? Pois, para tudo aquilo que sou, apenas um nome não chega para me descrever. E se, por enquanto, me perdesse dentro de mim mesma, adorando a minha única presença, sendo puramente os meus limites? Se olhasse para mim até poder tirar o fôlego, se entregasse a um espírito consolador de desapego, onde a alma precisa se tocar para sentir-se, outra vez, viva... Porque foi sem esse toque que me perdi, que me encantei e perdi-me ao ponto de vive...

Imperfeita Insalubridade

Onde poderia confiar minha honestidade?  Não cairia na mesmice dos meus dias. Eu quero o seu esplendor, sua perfeita condição de se entender em pedaços, de se tornar algo inesquecível.  Sou a porta da divisão entre o prazer e a invenção! Pois, para apenas uma alma, muitas chaves nada trariam além de trabalho.  Não és apenas espantosa... Onde encontro esse tal brilho? A chama que se esconde, mas expande seu calor por entre as várias ondas longitudinais do meu escasso saber? Não te limites, pois tu não irás caber — mesmo que te diminuas, não irás caber, pois a grandeza não se encolhe.  Ela é a realeza dentro de nossos corações, que espera ansiosamente para ser algo mais.  Algo onde a propiciação se sente capaz de não esquecer, de não se limitar, de entender o fortalecimento dos laços desumanos.  Não preciso caber.  Não preciso esconder-me ou ser diferente daquilo que já soube. Sei andar por onde as águas ocupam seus espaços, deixando seus rastros perpetu...

Incessante Loucura

Cansada de muito tentar. De tentar, de tentar, de tentar... E, no fim, entender que preciso adormecer os pensamentos a ponto da demência — para ao menos tentar salvar alguma sanidade. E não é porque deixei de tentar que já não o sinta: o calor das minhas veias ainda pulsa pelo que é correto. Naquele lugar onde a mente se retira, porque nada mais disfarça, é um sorriso que desarma qualquer procedimento. Porque tratar... às vezes soa errado. Como insistir numa via sem saída, à espera de milagrosamente encontrar o outro lado. Sou o além. Vejo de olhos fechados — mas bem abertos para o coração — que, por momentos, se reencontra sozinho. Sem palavras soltas. Apenas em silêncio... Silêncio que fixa a dor de um sabor inconstante. Sou eu. Amante errante. O amor grandioso que se entrega, que se doa, que magoa... E finge a normalidade para podermos seguir em frente como se nada tivesse acontecido. Meu olhar adormecido chega até ao outro lado. Compreende o que poderia ter sido, s...