Deus,
hoje pedi uma segunda chance.
Não sei como será,
mas o meu coração já não aguenta mais.
Está em pedaços...
e eu só queria saber como viver depois disso.
Acordei hoje com medo de continuar.
Medo do tempo,
medo das escolhas,
medo de não conseguir.
Mas também acordei com uma prece —
um pedido secreto, silencioso,
para que alguma luz me invadisse
e me lembrasse que ainda há um caminho.
Eu não sou mais a mesma.
E talvez nunca volte a ser.
Mas ainda sou um pedaço da mulher
que acreditava.
Aquela que sonhava,
a que sentia tanto
que às vezes se apagava para que os outros brilhassem.
Hoje, eu só queria não me sentir um peso.
Só queria parar de lutar o tempo todo
com a ideia de que falhei —
com a culpa por não ter sido o suficiente.
Minha alma está cansada.
Mas ainda sussurra vida.
Ela diz:
“Espera mais um pouco...”
“Respira mais fundo...”
“Talvez ainda não seja o fim.”
E se essa for a minha segunda chance —
então que eu a abrace
com as mãos trêmulas,
com os olhos marejados,
com o coração frágil...
mas com fé.
Porque, mesmo ferida,
eu ainda desejo viver.
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