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E a burra sou eu

E a Burra Sou Eu!

É a burra aqui. Sou eu!
A burra que espera, que se ilude, que se prepara para, mais uma vez, se sabotar.

A burra que ama demais, que se entrega demais, que acredita demais — que espera que o outro seja correspondente.
Estou farta de tanto amor sem palavras justas.
Farta de esperar que o equilíbrio seja mais do que o necessário.
Sabes… a minha vida é muito melhor sem a tua!

E espero, de verdade, que a minha presença esmague a tua insignificância,
pois demorei demasiado tempo na tua ausência.

Espera.
Ainda não terminei.

Ando a ouvir coisas, a pressentir algo que, no fundo, é apenas ilusão.
Porquê? Porque sou demais.
Sou eu quem, em mim, não confia.
Sou eu que, afinal, nada posso fazer.

No fim das contas, sou apenas mais um número na tua conta.

Permito-me não entrar num jogo onde o resultado será sempre o mesmo —
mas, mesmo assim, a minha palavra nunca será igual.
Nem com a mesma intensidade.
Nem sabes o que é o desprezo — e a presença que mais adoro e venero.

Não sou vingativa.
Mas concordo com a minha injustiça quando se atiça —
ela sabe muito bem como lidar com situações como tu.

Eu sou mais. Bem mais do que aquilo que eu própria sustento.
Sou muito mais do que a falta de conteúdo que, por vezes, eu mesma faço parecer que não tenho.

Mas espero, de verdade, deixar de ser tão burra.

Burra da minha própria mente, que se encarrega de deixar de funcionar, de deixar de andar junto.
Preciso deixar de sentir.

Há algum elixir que ainda exista em muitos corações?

Porque o meu… o meu foi escolhido para sentir demais,
para se iludir demais, criar demais — e cair sempre na mesma armadilha.

Eu nem sei por que preciso tanto de esperar…
É ridículo.

O que ando a procurar, afinal?

Um porto seguro?
Uma mente que me segure?
Alguém que nade do meu lado?
Alguém que não me deixe cair?
Que suporte tudo aquilo que eu penso —
mas que, ainda assim, me encante com a sua gentileza…

Mas isso parece o impossível do outro lado do mundo.

O impossível que nunca vai acontecer.

Eu sou o impossível de se crer.
Estou sempre pronta —
mas nem preciso mais do que a minha mente quer.

Chorar? Talvez.
Mentir para mim mesma? Não.

Eu só queria ser feliz e entender o juízo das pessoas...
Mas elas nunca serão como eu: simples e verdadeiras.
E isso é arrasante.

O que farei, de fato?
Fico onde estou?
Ou coloco-me num mundo sem iguais, sem precedentes, sem equivalentes?
Um mundo onde encontrarei alguém que se dispa como eu,
que coloque sua alma crua para que todos possam ver —
ou, pelo menos, alguém que me ame de verdade.

Não apenas alguém que me jogue e abandone num canto qualquer.

Eu não quero mais brincar de joguinhos.
Não quero mais fazer parte de um mundo que nada tem a ver comigo.

Por isso, sempre digo:
uma vida que me lembre basta para tudo o que possa vir no presente!

Voltar, para quê?
Sou uma piada.
Nada de interessante para ver.
Nada de interessante para ser.
Apenas sigo o meu caminho —
que nada tem a ver contigo, nem com mais ninguém.

Cansada de procurar.
Cansada de estar sempre de lado.
De ver tantos a tentar achar um lugar…
e eu, eu mesma, nem sei o meu próprio lugar.
Onde queria encaixar-me?
Onde queria apenas sentir-me — eu própria?

Vivo no meu mundo — e isso dói.
Pois meu mundo é lindo, pequeno e isolado.
Mas em nada sinto prazer de estar perto de outros.

Chorar, para quê?
Minhas lágrimas viraram seletivas.
Só choram pelo que é relevante!

Isto já nem é um problema —
ou uma solução de bases.
É uma seleção natural do meu ecossistema,
que, mais uma vez, encontrou uma rua sem saída.
Um lugar que não leva a lado nenhum,
que não irá dar em nada.

Será que sou eu o nada?
Ou são as pessoas que estão tão superficiais?
Tão sem freios?
Sem dignidade?
Sem preocupações reais?

E eu?
O que faria para ser melhor do que sou agora?
Será que sou capaz?

Capaz de me reinventar?

Sempre.
Porque eu renasço das cinzas, AMOR!

O meu beijo é mais intenso do que aquele céu azul que te fez sonhar —
só que tu não estás preparado para isso nesta vida.

E ora aí está:
nas nossas muitas vidas,
eu te atingi com força —
e tu voltaste para mim,
em meio a tempestades, como sempre.

Para que eu pudesse ser, mais uma vez,
a luz que te guarda da tua própria escuridão.
O chão que te guia por onde anseias caminhar.
O caminho que desejas mais que tudo.

E eu, como fiel guardiã deste portal maravilhoso,
irei te guiar pela mão —
pois tenho a grandiosa gentileza do amor.

Não é porque mereces.
É porque eu sou o amor.

Sou a diferença entre o gelo dos teus olhos
e a ilusão descabida dentro do teu coração.

Ainda o sentes?
Ainda precisas de usar?
Ainda queres saber o que custa, de verdade?

Não me iludas.
Ainda nem chegaste aos meus pés.
Ainda nem te arrepiaste com o som do meu trovão.
Teus pés não vibraram com o estremecer da minha imensa chama.

Acredito que nem te dás conta da tua impura ignorância —
porque eu dou!

Eu ainda não acabei.
Mas estou a chegar perto.


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